Meditações do Vivivo - a poesia no olhar

É como metáfora de mim que apresento aqui estes escritos, imaginando as árvores que foram suas folhas nas quais vou me desenhando, me fazendo na madeira da Árvore da Vida! Escrever para mim é um exercício de alma. É como diz Clarice Lispector em sua Água Viva:

“E eis que percebo que quero para mim o substrato vibrante da palavra repetida em canto gregoriano. Estou consciente de que tudo que sei não posso dizer, só sei pintando ou pronunciando. (...) Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. (...) Escrever é procurar entender, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. (...) E se tenho aqui que usar-te palavras, elas têm que fazer um sentido quase que só corpóreo (...) Estou tentado escrever-te com meu corpo todo, enviando-te uma seta que se finca no ponto tenro e nevrálgico da palavra. (...)